Protozoário flagelado causador da tricomoníase, que constitui uma doença venérea cosmopolita incidente em proporções elevadas em mulheres adultas.
O Trichomonas vaginalis não possui a forma cística, apenas a trofozoítica, e é transmitido durante o ato sexual e através de fômites, já que o protozoário pode sobreviver durante horas em uma gota de secreção vaginal ou na água.
O trofozoíto alimenta-se de açúcares em anaerobiose e produz ácidos que irritam a mucosa vaginal. Os sintomas aparecem entre três e nove dias após o contato com o parasito.
Patogenia e prevenção
A tricomoníase costuma atingir mulheres entre 16 e 35 anos de idade e se manifesta, no sexo feminino, por: corrimento esbranquiçado espumoso, edema, prurido, queimação, escoriações, ulcerações e sangramento após relações sexuais.
Já nos homens, a parasitíase geralmente é assintomática ou subclínica, o que justifica o fato da parasitíase ser mais diagnosticada em mulheres.
A infecção por Trichomonas pode acarretar diversas doenças graves nas vias geniturinárias. As características clínicas do doente podem ser sugestivas da tricomoníase, sendo que na mulher esta parasitíase deve ser diferenciada das vaginoses bacteriana e fúngica. O diagnóstico laboratorial é feito pela visualização direta de trofozoítos em amostra de secreção vaginal, uretral e prostática. Entretanto, o isolamento e cultivo do protozoário é o método mais sensível para o diagnóstico da tricomoníase.
Prevenção e Tratamento
O uso de preservativos, o cuidado com os fômites (instrumentos ginecológicos, toalhas, roupas íntimas) e o tratamento do doente e de todos os seus parceiros são as formas de prevenção da tricomoníase.
Só o tratamento medicamentoso adequado não garante a eliminação da doença, visto que mesmo após ter obtido a cura o paciente deve tomar os mesmos cuidados de quem nunca foi infectado, porque os medicamentos não impedem a reinfecção.